PRINCÍPIOS DA CRISTALOMANCIA CIGANA
Uma
das artes divinatórias menos conhecidas, mas praticadas por grupos de ciganos
espalhados por todo o mundo é a da cristalomancia,
ou uso dos cristais para aumentar o poder de
percepção em todos os sentidos. Também chamada de Cristaloterapia, essa
ciência fornece elementos para usos diversos dos cristais, possibilitando um
meio fácil, simples e sem contra indicações para amenizar certos tipos de
doenças, principalmente aquelas decorrentes do desequilíbrio entre homem e
natureza ou entre o físico e o espiritual. No uso dos cristais, um detalhe
precisa ser observado, pois a graduação da cor
influi no processo terapêutico ou na ação desejada. Podemos resumir assim essa
ação:
Tom claro: resultado moderado, mas prolongado.
Tom normal: resultado esperado.
Tom escuro: resultado rápido, mas passageiro.
Na
escolha da tonalidade do cristal a ser utilizado está o segredo de seus resultados.
Uma das imagens mais conhecidas a
respeito das ciganas e de seus conhecimentos de artes mágicas é a da Cigana com a Bola de Cristal, tornada clássica em
filmes e livros por todo o mundo. Trata-se de uma habilidade que não é ensinada nem é aprendida e já nasce com a
mulher cigana. A cada dez anos, em média, nasce uma
sensitiva capaz de ver com e através do cristal.
Assim
sendo, para as pessoas comuns, os cristais continuam sendo segredo, mas isso
não significa que seu poder não possa ser aproveitado por aqueles que o
desejarem. Dentro dos conhecimentos dos ciganos a respeito do assunto há
milhares de rituais com cristais, acessíveis aos não iniciados no assunto. Muitos
deles podem ser feitos sem maiores preocupações, apenas utilizando-se os
conhecimentos básicos. Antes de se dedicar ao uso dos cristais e de suas
diversas propriedades, é importante saber alguma coisa a respeito do assunto para
não cometer enganos que possam ser prejudiciais.
Os
ciganos amealharam um conhecimento enorme a respeito do assunto, em sua
passagem pelos países mais importantes da antigüidade. Se você sabe hoje qual é
a pedra de seu signo e suas propriedades, já deve ter se perguntado como essa
escolha foi feita. Muita gente usa a pedra sem o saber e outras usam a pedra
errada até, o que é pior. Entre as ordens que Moisés recebeu do Senhor, houve a
de preparar as vestes dos sacerdotes, que deveriam ter, no peitoril, engastadas
em ouro, as seguintes pedras, nesta ordem: Sárdio(calcedônia),
topázio, carbúnculo,esmeralda, safira, diamante, jacinto, ágata, ametista, berilo,
ônix e jaspe.
Estas
doze pedras foram consideradas pela Alquimia e pela Magia Branca como ligadas
aos signos, na ordem como foram apresentadas em Êxodos 39, sendo a primeira
atribuída a Áries e as demais, pela ordem, aos demais signos. Procure adquirir
uma pedra do seu signo. Não compre a primeira que lhe puserem pela frente.
Pegue diversas delas. Coloque-as na mão, procurando sentir suas vibrações. Os
ciganos costumam afirmar que você não escolhe o seu cristal, mas ele, sim, é
que faz a escolha. Assim, quando descobrir a pedra certa, você saberá.Antes
de usar sua pedra para qualquer fim, é necessário fazer sua purificação, pois
ela traz consigo energias de todas as pessoas que a tocaram. Essa purificação é
uma limpeza geral que a tornará apta a captar a energia de seu proprietário e
ativar suas propriedades em função dele. É mais ou menos como programar um
computador para responder apenas aos seus comandos.A
purificação de um cristal para ser utilizada exige que algumas etapas sejam
observadas e cumpridas rigorosamente. Só assim ela poderá ser considerada
apta para receber e analisar todas as energias necessárias à ação que dela será
exigida. A purificação pode ser processada através quatro
Elementos: o fogo, a terra, o ar e a água. Para fazê-la completa, o
processo todo deve ser iniciado no terceiro dia da
Lua Cheia. Nesse
dia, antes do nascer do sol, o cristal será passado pela chama de uma vela,
obedecendo os movimentos em relação aos quatro pontos cardeais, iniciando-se
esses movimentos com o cristal se movendo na direção do Norte e retornando para
o Sul. Indo para o Leste e retornando para o Oeste. Repetir por sete vezes,
fazendo as chamadas Viagens Iniciáticas do Cristal. Feito isso, ele deverá ser
enterrado num local ligeiramente úmido, antes do sol nascer e ficar ali até o
pôr-do-sol. Retirá-lo e deixá-lo ao ar livre, de molho num copo ou numa vasilha
de vidro transparente, com água e sal grosso cobrindo-o. Ali ele deverá ficar
por toda a noite. No dia seguinte, antes do nascer do sol, lavá-lo em água
corrente, esfregando sal marinho, depois enxugá-lo com um pano branco limpo e
levá-lo ao sol, embrulhado no mesmo pano. Pôr sobre um suporte de madeira e
abrir o pano para que o sol ilumine o cristal. A partir desse momento, o
cristal não deverá mais ser tocado pelas mãos nuas de mais ninguém. Se isso
ocorrer, todo o processo terá de ser refeito. Após o resto do dia ao sol, ele
será retirado, embrulhado no pano branco e guardado numa caixa ou recipiente de
madeira, até o momento do uso. Mensalmente, sempre no terceiro dia da Lua
Cheia, exponha seu cristal pessoal à luz do luar.